As estatísticas da saúde mental no Brasil apontam para um quadro preocupante de transtornos emocionais e psicológicos, especialmente após o início da pandemia de COVID-19. Algumas das principais estatísticas são:
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com 18,6 milhões de pessoas (9,3% da população) sofrendo de transtornos de ansiedade.
A depressão é um dos transtornos mais comuns no Brasil, afetando cerca de 5,8% da população.
O suicídio é um grave problema de saúde pública no Brasil, sendo responsável por cerca de 32 mortes por dia no país. As taxas de suicídio têm se sentido especialmente entre jovens e adolescentes.
Segundo estudos recentes, a incidência de transtornos mentais entre os universitários no Brasil é preocupante e tem aumentado nos últimos anos.
Uma pesquisa realizada em 2020 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) em parceria com outras entidades mostrou que 86,9% dos estudantes universitários brasileiros relataram sintomas de depressão e 64,7% sintomas de depressão durante a pandemia da COVID-19.
Outro estudo realizado em 2018 pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) mostrou que 47,2% dos estudantes universitários apresentavam sintomas de ansiedade e 37,5% apresentavam sintomas de depressão.
Outra pesquisa, realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em 2018, apontou que mais de 40% dos universitários brasileiros sofrem com algum tipo de transtorno psiquiátrico. O estudo também revelou que a depressão e a ansiedade são os transtornos mais comuns entre os universitários.
Esses dados indicam que os transtornos mentais são um problema significativo entre os universitários no Brasil, o que reforça a importância de se discutir a saúde mental desses jovens e buscar formas de prevenção e tratamento.
Os dados evidenciam a gravidade do problema e reforçam a necessidade de políticas públicas e programas de apoio à saúde mental dos universitários no Brasil. É importante ressaltar que esses números podem ser ainda maiores, já que muitos estudantes não procuram ajuda ou não são orientados corretamente.
Outro fator a destacar e a incidência de transtornos mentais entre os universitários pode ser ainda maior do que indicam esses estudos, já que muitos casos não são controlados ou não são relatados pelos próprios alunos. É fundamental conscientizar os jovens sobre a importância de cuidar da saúde mental e oferecer suporte e orientação adequada para aqueles que enfrentam dificuldades emocionais. Existem diversas políticas que podem ser integradas para ajudar a prevenir e tratar a depressão universitária. Alguns dos principais incluem:
Acesso a serviços de saúde mental: É fundamental que as universidades impulsionem serviços de saúde mental acessíveis e de qualidade, incluindo psicólogos e outros profissionais de saúde mental. Esses serviços devem ser divulgados amplamente para que os estudantes saibam como acessá-los.
Programas de prevenção e promoção da saúde mental: As universidades podem implementar programas de prevenção e promoção da saúde mental que ensinem habilidades de enfrentamento, técnicas de enfrentamento.
Algumas técnicas de enfrentamento que podem ser úteis para prevenir e tratar a depressão universitária:
Prática regular de atividades físicas: A atividade física é uma das melhores formas de prevenir e tratar a depressão. As universidades podem oferecer atividades físicas gratuitas ou a preços acessíveis para os estudantes, como aulas de yoga, corrida ou dança.
Psicoterapia: Os estudantes podem ser encaminhados para os serviços de saúde mental da universidade.
Grupos de apoio: Os grupos de apoio podem ser uma fonte valiosa de apoio emocional para os estudantes que sofrem de depressão. Esses grupos podem ser organizados pelos Centros Acadêmicos ou núcleos de estudantes.
Saber o momento de pedir ajuda, é fundamental para a nossa saúde psíquica, mostra que reconhecemos o nosso limite, Pedir ajuda é um ato de coragem!
Fonte:
Estudo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) sobre a saúde mental dos estudantes de universidades federais brasileiras (2019)
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) sobre a prevalência de transtornos psiquiátricos entre universitários brasileiros (2018)
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). (2019). Saúde Mental e Intervenções Psicológicas no Contexto Universitário Brasileiro: Uma Análise da Literatura Científica.
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). (2018). Saúde mental de universitários: Prevalência de sintomas psiquiátricos em estudantes universitários brasileiros.
Conselho Federal de Psicologia (CFP). (2019). Nota técnica - A saúde mental e o bem-estar de estudantes universitários no Brasil.
Psicóloga Janaina Cavalcanti CRP 05/69482
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