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Foto do escritorJanaina Cavalcanti

Resenha: Em busca de sentido

Resenha Acadêmica do livro: " Em busca de sentido" –– Viktor E. Frankl”

FRANKL, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração/ Viktor

E.Frankl. Traduzido por Walter O. Schlupp e Carlos C. Aveline. 41. ed.- São Leopoldo:

Sinodal; Petrópolis: Vozes, 2017.

,Janaina Cavalcanti


O livro e uma narrativa da experiencia pessoal da vida de Viktor E. Frankl e passagem dentro

de alguns campos de concentração nazistas onde foi prisioneiro. Nele apresenta as primeiras reações dos prisioneiros a chegada aos campos de concentração, o choque, a desesperança,

desespero, a descaracterização do ser humano e a luta pela sobrevivência. O livro também aborda o trabalho psicoterápico da logoterapia baseada em suas experiências de vida nos campos de concentração.

O livro é dividido em dois capítulos, dentro dos mesmos alguns subtítulos que abrangue de forma detalhista todo processo de sua experiência relatada do autor e as técnicas de sua abordagem teórica. O livro soma ao todo, 186 (cento e oitenta e seis) páginas, incluindo os prefácios e os dados bibliográficos.

O livro se inicia com o transporte e a chegada ao acampamento. Os prisioneiros estavam tão

desesperados sem saber ao certo o que de aconteceriam, que tentavam se convencer que de ficaria tudo bem, que seriam transportados apara alguma fábrica ou algo semelhante para

trabalhos forçados. Muitos já teriam ouvido histórias sobre o que aconteceu nos campos de concentração.

Ao chegar na estação de Auschwitz todos entraram em estado de horror absoluto, porque sabiam oque significava aquele lugar, morte em massa. Foram organizadas duas filas, na qual uma seria para um grupo de trabalho e outro para o extermínio imediato, mas os prisioneiros

não sabiam o significado das filas.

A descaracterizado do ser humano começou ali mesmo na fila, duas filas onde uma era diretamente para a morte e a outra transforma o prisioneiro em um individuo sem nome; sem roupa; sem cabelo, em sonhos; onde a única perspetiva e a sobrevivência e o conceito do agora. O prisioneiro se transforma em somente um número.

Durante esta fase, os prisioneiros que ainda não haviam se acostumado com os horrores do campo. Os prisioneiros recém-chegados eram violados com imagens de seus companheiros

sendo espancados, torturados e mortos por motivos dos mais banais.

Confrontados com uma brutalidade, nascia ali um curioso momento de descontração, humor sarcástico/ pesado. Alguns começavam com piadas sobre si e estendiam sobre os outros. Ao passar dos dias, trabalhos exaustivos, com pouquíssima comida e muita violência fisica e psicológica, logo começaram a perde a esperança e a ver a morte como alívio. O curioso segundo o autor e que

morrer ali no campo de concentração poderia ser a qualquer momento. Muitos consideram o suicídio como uma saída para o enorme sofrimento que os assolavam.

Frankl ressalta que o individuo no campo de concentração e atingido psicologicamente de formas inimagináveis. Quando se perde a individualidade e se e transformado em um ser sem característica humana, alguns são capazes de fazer qualquer coisa para manter sua sobrevivência em meio a tantas dificuldades.

No campo de concentração recebeu um péssimo tratamento, mais desumanizado dos chamados

“capos” ( presos que eram escolhidos para controlar os outros presos) desde ferimentos físicos até graves pressões psicológicas, que segundo o autor eram piores que as agressões físicas.

Os prisioneiros tendo que lidar com os horrores que encontravam a todas as horas do dia, a apatia se tornou visível a todos. Os pensamentos e as emoções foram direcionados para a sobrevivência, e desejos básicos como alimentar-se eram com muitos sonhavam. A crueldades cotidianas do campo faz que predomine os instintos primitivos e a pura e simples preservação da vida constantemente ameaçada, assim poder aproveitar qualquer oportunidade para melhorar suas próprias chances de sobrevivência.

Como durante um surto de tifo em um dos campos, já não sentiram desgosto ou piedade enquanto olhavam para os cadáveres. Viram uma oportunidade para pegar restos de comida, sapatos ou outros itens de roupas do prisioneiro falecido.

Morrer em decorrência de fome; frio; doença ou mesmo nas mãos dos guardas, deixou os prisioneiros incapazes de imaginar que a vida ainda tinha algum significado.

Para o autor, o ser que tem um sentido em sua vida e que dele não se separa, possui uma alta capacidade de resistência e resiliência. Normalmente, vivemos o presente com perspetiva para

o futuro .Os prisioneiros nos campos tinham uma visão completamente diferente, não havia nem um futuro somente a morte breve.

Frankl, baseando-se nos relatos dos prisioneiros, estrutura sua a sua teoria que o ser humano dê sua devida exaltação e responsabilidade, levando em consideração as pessoas que vivem em

busca de um sentido para suas vidas.

A libertação foi mais um desafio, os prisioneiros não conseguiram entender a liberdade. Suas mentes e corpos engessado, acostumados a uma apatia emocional não puderam perceber e

experimentar a liberdade. Alguns depois de libertados tiveram a necessidade de afligir o mesmo sofrimento que foram afligidos aos guardas que ainda encontraram no campo de concentração.

A volta para a casa também não foi a sonhada durantes as noites nos barracões, muitos encontraram suas cidades completamente devastadas e suas famílias tinham perecidos nos

campos de concentrações. As dores genuínas dos horrores sofridos trouxeram a amargura que a dor afligida fosse entendida e compartilhada por outros.

O retorno dos prisioneiros em suas vidas não foi fácil, mas Frankl pensava: "porventura não é

esta transitoriedade algo que nos estimula e desafia a fazer o melhor uso possível de cada momento de nossas vidas? ... Viva como se você estivesse vivendo pela segunda vez e como

se tivesse agido todo erradamente, na primeira vez como está por agir agora." vez como está por agir agora."

Os prisioneiros que sobreviveram aos campos de concentração concentravam em suas lembranças, momentos onde foram felizes em família para fugir da realidade da fome, de trabalhos forçados no frio, as lembranças traziam alívio para suas mentes cansadas e corpos

exaustos.

Muitos prisioneiros aceitaram seus destinos, mas alguns tentaram tomar decisões sempre que pudessem (posso disser que a teoria de Kierkegaard 1813-1855 também pode ser vista nesta

obra. O indivíduo é levado a escolher entre elas, pois cada estádio é qualitativamente diferente

dos outros. O indivíduo que está em um estádio, só permanece nele por uma escolha existencial; do mesmo modo, ele é livre para optar por outro estádio). A liberdade de escolha nos campos,

nada pode ser dado como certo. A capacidade de decidir por si mesmo assumiu um significado

completamente novo. A maioria das decisões era uma questão de vida ou morte, e muitos prisioneiros estavam com medo de fazê-los. Uma vez que os prisioneiros perceberam que eles

seriam enviados para outro lugar desconhecido por eles, alguns ficavam desesperados para mudar a decisão. Alguns trabalhavam mais para os seus como voluntários para turnos extras

para monstra que eram úteis e mudar a decisão. A maior escolha que muitos prisioneiros fizeram foi o ato de permanecerem vivos, de não desistir da vida.

O livro faz com que o leitor repense de maneira nova e aberta sobre o conceito de humanidade, sobrevivência e sanidade. Olhar nas entrelinhas da vida, que o futuro depende somente das

decisões e comportamentos que você tem no agora. Cada ato, cada movimento, cada esperança no agora molda seu futuro, mesmo em grandes acontecimento e fatalidades, ainda sim você pode fazer pequenas escolhas significativas para o seu amanha.

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