Você, psicóloga ou estudante de Psicologia, já deve ter ouvido do Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS).
Geralmente este termo é utilizado para se referir ao sentimento de uma criança quando está se percebe longe dos Responsáveis, mesmo que por um período pequeno.
Ele faz parte do desenvolvimento infantil, e o mais comum é aparecer entre o 10º e o 18º mês, mas pode ocorrer a partir do 4º mês.
Algum grau deste tipo de ansiedade é natural em crianças, mas há algumas em que isto é persistente e muito intenso ao sentir-se longe de casa ou de sua mãe, em especial.
A criança apresenta alguns sintomas que podem ser:
– Intenso e inapropriado sofrimento ao separar-se de, em especial de sua mãe, ou mesmo de sua casa;
– Dificuldade e recusa de ir para escola pelo fato da separação;
– Evitar oportunidades que impliquem separar-se de seus queridos, mesmo por pequenos momentos, ocasionando choro intenso, e agarramento na pessoa da qual ela não quer se separar; – Pesadelos cujo tema seja separação.
O que motiva este Transtorno de Ansiedade, como a maioria deles, junta fatores biológicos e ambientais.
Além de fatores genéticos, se ela vive em um ambiente onde seus protetores vivenciem excessivo medo de assaltos, doenças, ou utilizam frequentemente ameaças do tipo: “bicho papão”, “homem do saco preto”, “papai do céu vai te castigar”, pode deixá-la predisposta à ansiedade frente a situações que não lhe apresentam perigo algum.
Nestes casos é fundamental um tratamento psicoterápico com a criança, através da Ludoterapia, com intuito de se dissiparem estes medos irreais, trazendo-lhe garantias de suas próprias capacidades de autodefesa, como da constante disponibilidade de atenção de seus responsáveis para que nada de mal lhe aconteça.
Também fundamental e necessário é o acompanhamento dos Responsáveis para que se verifique se há algum problema de dissolução de sua relação, doença de um deles, infantilidade parental, que se proporá à modificação do comportamento frente aos perigos inexistentes, assim como à diminuição das ameaças usadas como forma de endireitar o comportamento da criança, o que lhe provoca todo esse medo.
Procure uma psicóloga caso repare que a criança não se desgruda da mãe ou do pai, quando em situações sociais que impliquem a existência de mais pessoas, ou mesmo se ela se recusa a entrar na escola, ou a brincar com outras crianças na pracinha, para ficar grudada em seu elemento de confiança (mãe, pai, babá).
Isto poderá ajudá-la a desenvolver-se mais adequadamente e mais confiante em si mesma.
Um Abraço Carinhoso,
Maria Alice Lustosa, PhD
CRP: 05/1719
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